No silêncio
Naquele dia quente nas regiões desérticas das redondezas de Nazaré, estava um carpinteiro sozinho a peregrinar. Quem o visse poderia pensar “O que esse doido está fazendo uma hora dessas perambulando nesse ‘quentume’?”, outros poderiam dizer “Ele é um mago sábio que está buscando inspirações do além”, há aqueles que apenas diriam “Deixe o homem em paz, a vida é dele!”.
Ninguém nunca soube exatamente o que se passava na cabeça
dele, mas quem sabe ao certo o que se passa na cabeça do outro, não é? A
questão é que esse homem, que nada tinha de especial em sua aparência, adorava
os desertos, os jardins, a quietude, a brisa daquela noite, aquele sol de
rachar a cuca. Durante toda sua vida, passou momentos a sós, mas, quando estava
entre a multidão, falava com muita propriedade, fazia muita diferença,
realizava muitas transformações.
Os mais velhos poderiam dizer “mas que menino petulante, nem
cabelos brancos tem”, os mais sábios, “Que estudos esse daí tem?”, as criancinhas,
ah! As criancinhas gostavam de brincar com ele e com as ovelhinhas.
Jovem, adulto, sábio, solitário, arruaceiro, muitas foram as
formas de trata-lo. O ponto é que ele foi quem foi, e é quem é, haja
reconhecimento ou não! Tudo isso por que
sabia da necessidade de estar sozinho em alguns momentos.
“Mas Jesus se retirava para lugares solitários e orava.”
Lucas 5:16
Gostei :D
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